sexta-feira, 31 de julho de 2015

Flores de Abóbora Recheadas

Olhei para ti e foi como ver um pedacinho de sol beijando a terra.
És tão linda e delicada, lembras-me as asas de uma fada.
Pudicícia sem igual... casta, inocente e recatada, tens a inocência de menina que deseja ser mimada.
Tão raro é poder ver-te em todo o teu esplendor, porque te escondes de mim meu amor?



Uma excentricidade, assim podemos chamar a esta receita! Não porque seja difícil de executar é até bastante simples, mas porque conseguir as flores não é tarefa fácil. A melhor forma é semear abóboras ou curgetes. Então e quem não tem horta?
Pode fazê-lo num vaso grandinho, usando terra fertilizada com compósito (ou estrume orgÃnico) e muita água. O meu pé  de abóbora cresce num pequeno canteiro e até já tem um fruto a desenvolver, mimo-o todos os dias! Tive sorte porque tem dado imensas flores mas, mesmo assim, conseguir juntar o número suficiente requereu colher 3 dias seguidos, preservando-as num saco hermético, ligeiramente humedecidas e colocadas no frigorifico. 




Estas jóias cor de sol florescem pela manhã e permanecem abertas por um período muito curto.
Só para terem uma ideia, deixei uma flor sem colher para usar na foto final e quando terminei de confecionar a receita e flor já tinha fechado! 



Nunca tinha feito, nem comido este petisco, mas depois de ver tantas receitas pela net tinha imensa vontade de experimentar, embora estivesse um pouco cética quanto ao resultado final.

Sabendo que a origem deste prato é a Itália e que também faz parte da gastronomia grega, senti-me mais confiante no resultado.




Foi uma boa surpresa porque de facto é muito bom. Claro que o recheio é muito importante, por isso resolvi apostar numa combinação de sabores que já conhecia bem, com poucos ingredientes, porque quase sempre o mais simples é mesmo o melhor. 



Mesmo nas tarefas mais simples não dispenso o auxílio das minhas "ferramentas" da Borner.  O ralador que vêem na imagem é muito versátil, usei-o para ralar o queijo. Faz uns fios maravilhosos com a cenoura, beterraba, nabo, cugete, etc. Sinto-me uma felizarda por ter esta fantástica empresa com parceira do blogue. Muito obrigada Maria Pereira.


Flores de Abóbora Recheadas

Ingredientes:

6 a 8 flores de abóbora (ou cugete);
250 g de queijo Mascarpone (queijo creme ou Ricotta):
50 g de presunto;
50 g de queijo Parmesão;
1 ramo de manjericão;
pimenta preta de moinho q.b.
1 pitada de flor de sal (Necton);
óleo para fritar q.b.

Tempura:

65 g de farinha para tempura (ou farinha de trigo);
80 ml de cerveja gelada;
sal marinhpo q.b.




Execução:

Lave cuidadosamente as flores, coloque sobre papel absorvente e exugue-as.
Retire o estame cuidadosamente, se a tarefa se tornar difícil faça um corte longitudinal na flor.
Rale o queijo Parmesão, misture-o com o queijo Mascarpone, o presunto e o manjericão picados. Tempere o recheio com um pouco de pimenta preta, acabada de moer, e uma pitada de flor de sal.
Recheie as flores, usando um saco de pasteleiro ou uma colher pequena. Feche a flor sobrepondo  os bordos (caso a tenha cortado) e torcendo a extremidade como se fosse um rebuçado.
Prepare o polme misturando bem a farinha com a cerveja, tempere com sal.
Mergulhe uma flor de cada vez no polme e escorra bem.
Leve a fritar em óleo bem quente, tenha atenção porque ficam douradas muito rapidamente.
Depois de fritas coloque as flores sobre papel absorvente para retirar o excesso de gordura.
Sirva-as de seguida.



Podem-se rechear as flores sem as cortar, para isso coloca-se o recheio num saco de pasteleiro e introduz-se, com cuidado, no interior das mesmas. Eu optei pela solução mas fácil uma vez que as flores de abóbora são bastante maiores do que as da cugete,  por issotorna-se mais difícil alcançar o estame sem as danificar. Apesar disso não abriram ao fritar.




Preparei uma tempura bastante liquída, não queria que as flores ficassem com uma camada grossa que as ocultasse. Usei uma variedade de farinha especial para tempura que comprei em Espanha. Julgo que se consegue encontrar por cá nas lojas de produtos asiáticos. Pode ser substituída por farinha de trigo normal sem problemas, mas a consistência deve ser  semelhante a um iogurte liquido.
Também deve ficar muito bom com panko (pão duro ralado). 







Gostei imenso deste petisco! Vou começar a guardar novamente flores para poder repetir.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Bolo de Arroz

A vida é feita de momentos, diz-se muitas vezes que a felicidade não existe, mas sim momentos felizes. Umas vezes felizes ou nem tanto, vamos armazenado-os sob a forma de recordações.
As recordações boas são os nossos tesouros, guardam-se como preciosidades. As recordações que não o são, essas podemos  procurar modifica-las, substitui-las por outras melhores, mais fortes! Bem sei que nem sempre é possível, mas às vezes é!


Há tempos o  Célio, do blog "Sweetgula", contou-nos como os bolos de arroz fizeram parte da sua infância e que lhe trazem gratas recordações. Não pude deixar de recordar como também fizeram parte da minha... 
Quando era garota, e durante bastantes anos, tive problemas de fígado, por isso andava sempre de dieta. Nas visitas à pastelaria o único bolo que me deixavam comer era o de arroz, "come um bolinho de arroz, que este não te faz mal". Ora o que me apetecia, para onde os olhos corriam, era para os bolos com chocolate, chantilly, ou creme de alguma espécie, mas não podia ser! Só mesmo aquele "sequinho". Não admira que o tivesse vindo a detestar, nunca está entre as minhas escolhas! Venha dai um bom Duchesse, cheiinho de chantilly, Éclairs com coberturas e interiores voluptuosos, uma bela Bola de Berlim,  um Palmier encoberto de doce de ovos, um Moka a transbordar de creme com sabor a café... esses sim!


Algum tempo depois do Célio me ter encantado com os seus delicados bolinhos, apareceram à minha frente uns belos "Bolos de Arroz" no Faz e Come, do Rui Ribeiro, e não é que fiquei cheia de vontade de os fazer também! Foram para a lista de espera até que surgisse uma oportunidade de comprar os aros. 
Há dias um pacote de farinha de arroz, a ameaçar perder a validade chamou por mim e deu-me um raspanete! Realmente não estamos em maré de desperdício e por isso meti mãos à obra e lá experimentei fazer o tal bolo, só que num formato maior. 
Ora deu-se a casualidade do Célio andar em "obras" lá pela casa dele (que por sinal ficaram excelentes), como só "entravam pessoas autorizadas" tive que ir a outras paragens! Rumei ao blog do Rui e de lá trouxe a receita comigo. Contei-lhe que tinha feito uma receita dele ao que me disse estar "ansioso para ver"... ups! Mesmo não estando nos meus planos fui fotografar, mas o dia estava a chegar ao fim e a luz já não era a melhor, nem a inspiração. Resumindo as fotos ficaram uma porcaria! Não me atreveria a dececionar o chefe, até porque ele é um doce de pessoa. Então repeti a dose, assim acabou-se o trauma, ahahah!
Cá está Rui, o teu bolo de arroz em formato gigante!


Bolo de Arroz 
(adaptado do blog Faz e Come)


Ingredientes:

150 g de açúcar;
100 g de manteiga (à temperatura ambiente);
125 g de farinha de arroz;
75 g de farinha de trigo;
4 ovos M;
1 colher de chá de fermento em pó;
1 vagem de baunilha (ou 1 colher de chá de aroma de baunilha);
6 colheres de café de açúcar baunilhado.


Execução:

Pré-aqueça o forno a 175º C.
Unte a forma e forre o fundo com papel vegetal. 
Numa tigela misture as farinhas e o fermento.
Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme fofo. 
Continue a bater e adicione os ovos, um de cada vez. Assegure-se que está bem incorporado antes de introduzir o ovo seguinte. 
Abra a baunilha ao meio e raspe bem o interior, junte ao creme (ou adicione o aroma).
Reduza a velocidade da batedeira e incorpore as farinhas e o fermento, gradualmente. 
Verta a massa na forma e espalhe por cima o açúcar baunilhado.
Leve a forno cerca de 35 minutos, faça o teste do palito.
Desenforme depois de arrefecer um pouco.


Nota: Pode substituir a baunilha por raspa de laranja ou limão.


Dá uma imensa vontade de lhe arrancar a camada crocante de açúcar, sem dúvida a melhor parte! Tão boa que agora viro a fatia de "pernas para o ar" e deixo-a para o final! 



Acho que de agora em diante, quando vir "Bolos de Arroz", só me vou lembrar do delicioso cheiro que espalharam pela casa, do interior fino e suave, do sabor a baunilha, das belas imagens do Célio e do Rui, deste post, da vontade de fazer mais vezes (quem sabe outras versões)... só me vou lembrar de coisas boas!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Tortilha de Batata com Chouriço

- Vamos repetir?
- Outra vez a mesma coisa?
- Sim... hum! É tão bom!
- Não preferes variar?
- Variar para quê? 
Assim sabe tão bem!




O sol desguia-me, a praia chama-me,  o sofá abraça-me, os filmes prendem-me... e a cozinha essa anda um pouco ciumenta e carrancuda. Coitada, sente-se posta de lado!
O blogue? Ui! Esse nem se fala! Está ressentido, estranha a falta de atenção!




Acontece que para além de andar com pouca vontade de cozinhar, tem-me apetecido revisitar algumas receitas. É que a "ânsia" de ter coisas novas para aqui colocar, acaba por não deixar grande hipótese à repetição! 
Andam assim os dias, cozinha-se, de preferência bem depressinha, senta-se à mesa e come-se descontraidamente. Sem esperas, sem demoras, sem fotos, sem pensar em nada mais que não seja o prazer de saborear algo que me saiu das mãos e saltou para a mesa.
Entre uma e outra comida rápida, fiz esta tortilha... foi então que a olhei, a máquina fotográfica e ela sorria para mim! Está bem, não resisto a esse sorriso cativante... lá lhe peguei!
A receita não tem nada de especial, é bem simples. O gosto pelas tortilhas nasceu de tantas vezes que vamos até à vizinha Espanha, onde em qualquer esplanada se podem provar, muitas vezes é servida como "pincho" junto com uma bebida. Adoro esta forma de tapear que por cá, infelizmente, não acontece. Em alguns locais vão trazendo mais que um "pincho" (um petisco pequenino), claro que as bebidas se pagam um pouco mais caras, mas vale a pena.



Tortilha de Batata com Chouriço

800 g de batatas para fritar;
2 cebolas médias;
8 ovos;
1 chouriço de carne (usei Fumeiro D'Avó Maria);
azeite q.b.
sal marinho q.b.



Execução:

Corte as batatas e as cebolas em rodelas para fritar.
Corte o chouriço também em rodelas.
Numa frigideira grande aqueça o azeite, comece a fritar uma parte das batatas, mais ou menos a meio da fritura junte metade da cebola e do chouriço, a cebola e o chouriço devem fritar com as batatas, assim estas ficam mais saborosas. Repita a operação com os restantes ingredientes.
Bata ligeiramente os ovos e verta-os sobre as batatas, a cebola e o chouriço (já fritos) tempere com o sal. Misture tudo para envolver bem os ovos com os restantes ingredientes.
Verta sobre a frigideira  e leva ao lume, dê algumas voltas ao conteúdo para que vá cozinhando. Depois pressione um pouco para que tudo se acomode e agregue. Deixe fritar de um lado, em lume brando, descole dos lados e abane a frigideira, quando a tortilha se soltar está na hora de a virar. 
Usando um prato grande vire-a, volte a coloca-la na frigideira, com um garfo procure dobrar o bordo para baixo de forma a que fique arredondado.
Está pronta quando vemos que se formam pequenas bolhas e gordura na lateral.



Está é uma receita muito simples e fácil, porém deixo algumas dicas que podem ajudar a conseguir um bom resultado.

Notas: 
  • Não reduza a quantidade de ovos para evitar que fiquei demasiado seca;
  • Certifique-se que usa uma frigideira antiaderente para que seja fácil virar a tortilha;
  • Prefira azeite extra virgem, mas caso não goste pode substitui-lo por óleo de girassol;
  • As batatas (e restantes ingredientes) depois de fritas são colocadas na taça em que se bateram os ovos e bem envolvidos nestes. Este passo é importante para que as batatas se misturem bem com o ovo;
  • A versão original da Tortilha Espanhola não leva leite, nem natas, nem farinha.



A tortilha é excelente para qualquer ocasião, pode leva-la consigo na marmita, para a praia, num piquenique, acompanhe com uma salada e é uma refeição completa. No dia seguinte continua bem boa.




Este é um dos prazeres que gosto de repetir, tão bom! Pode-se variar e acrescentar chouriço, presunto, bacon... também é muito boa com bacalhau.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Bolo de Milho com Alfazema

Tens o aroma do amanhecer, que vento espalha pelo ar abrindo sorrisos ao seu passar. Tens também a doce fragância do verão, alfazema, raio de sol, mel fragante, suculento melão.
Cheiras tão bem a pôr de sol, eflúvio do entardecer, promessa de romance e de infinito prazer.
És essência de céu estrelado, rasto de estrela cadente, olor que me embriaga de emoção e me faz perder a razão. É sempre assim quando estou contigo, esse teu cheiro é mesmo um perigo! 



Vivemos rodeados de cheiros, cheiros que evocam memórias, cheiros que nos transportam no tempo, cheiros que nos enamoram!
Adorava conhecer alguns dos segredos dos perfumistas e criar perfumes florais, cítricos, amadeirados e com especiarias... os orientais! 
A alfazema, ou lavanda, evoca nos meus sentido o perfume. É daqueles cheirinhos que lembram as tardes quentes  de verão. Gosto de a guardar, voltar a ela sempre que me apetece, gosto dela na jarra da mesa de cabeceira, de sentir a sua fragância quando fecho os olhos, sinto que me acalma e ajuda a relaxar. Gosto de usa-la sob a forma de sabonete, espalha-la pela pele. Guardo-a pelas gavetas em pequenos sacos... talvéz por isso nunca tinha tentado cozinhar com ela. 
Uma vez por outra, mordiscava uma flor ao passar pelo canteiro e tentava imaginar como combinar o seu intenso e balsâmico olor com uma receita doce ou salgada. Este bolinho foi a primeira experiência e fiquei encantada com o resultado, por isso é natural que venham a surgir novas descobertas.


Vi uma receita de um bolo com farinha de milho numa rubrica da Espiga, na revista Teleculinária  Especial de Julho, n.º 1890, que me chamou à atenção e fiquei com imensa vontade de o experimentar. 
Fiz-lhe algumas alterações e fui pesando e medindo os ingredientes com as chávenas medida, pois desta forma numa próxima vez tenho o trabalho simplificado (gosto muito mais de usar as chávenas do que a balança, é mais rápido). Troquei o açúcar refinado por açúcar amarelo e diminui um pouco à sua quantidade (ainda se pode diminuir um pouco mais), diminui também o óleo. Troquei a erva-doce pela alfazema e juntei-lhe uma cobertura muito simples.



Bolo de Milho com Alfazema 

Ingredientes:

1 chávena de farinha de trigo T55 (150 g);
1 chávena de farinha de milho amarela e fina (150 g);
1 + 1/2 chávena de açúcar amarelo (250 g);
4 ovos L;
200 ml de sumo de laranja natural (sem coar);
1/2 chávena de óleo de girassol (125 ml);
1 colher de sopa de fermento em pó;
1 colher de chá de alfazema seca.

Cobertura

2 iogurtes gregos naturais, sem açúcar;
mel q.b.
flores de alfazema q.b.



Execução:

Pré-aqueça o forno a 180º C.
Unte bem a forma e polvilhe com farinha (com o  spray para untar da Espiga é num instante que fica pronta).
Numa tigela misture as farinhas com o fermento e a alfazema.
Esprema o sumo de laranja, deixe ficar os pedacinhos de polpa.
Bata os ovos inteiros com o açúcar até obter um creme fofo e volumoso.
Junte o sumo de laranja e o óleo.
Adicione a mistura das farinhas aos pouco e vá batendo sem parar.
Verta na forma e leve ao forno, a 180º C, durante cerca de 30 a 35 minutos, faça o teste do palito.
Deixe arrefecer um pouco e desenforme.
Depois de completamente frio cobra com o iogurte e verta sobre este, em fio, o mel.
Decore com as flores de alfazema.




Notas:  
  • Pode usar em substituição da alfazema outra erva aromática ou especiaria, como por exemplo, erva doce, gengibre em pó, cardamomo. Pode ainda recorrer à raspa de laranja ou  de limão. A essência de baunilha também combina bem;
  • Em vez de sumo de laranja pode usar-se leite na mesma quantidade com uma colher de sopa de sumo de limão (deixando repousar uns minutos);
  • Se quiser substitua o iogurte grego da cobertura por chantilly;
  • Transforme um pouco o bolo juntando mirtilos ou framboesas à massa no final, mas tenha em atenção que os frutos vão ao fundo, pois a massa muito fluida, sendo melhor neste caso caramelizar a forma ou forra-la com papel vegetal.
  • Junte às flores pequenas bagas ou frutos dos bosques;
  • Pode transforar esta receita em pequenos queques e levar consigo para onde quer que vá.



Gostei imenso da textura deste bolo, já o repeti 2 vezes, com algumas das alterações que refiro acima. Levei-o para partilhar com as colegas da escola e foi um sucesso!



Estou há tanto tempo aqui a olhar para ele que não resisto a ir fazê-lo mais uma vez, ihihihih!


sábado, 11 de julho de 2015

Bolo de Mirtilos

Quero acordar pela manhã, já tarde e sem despertador, sem pressa para nada, sem ar sofredor. Vestir o bikini, ou roupa bem leve, chinelo no pé e nada que aperte.
Quero encher-me de sol e de maresia, cobrir-me de areia e mergulhar na água... não muito fria. Comer na rua, na varanda ou na esplanada... sabe tão bom estar lá sentada!
Dar longos passeios à beira mar,  abrir a ementa e escolher o jantar.
Ver o pôr do sol com um gelado na mão e dançar na rua ao som de uma bela canção. 
Depois, já bem cansada, na cama cair e dormir sem o pijama vestir.  


O meu apetite pelo verão é insaciável, nunca me farto, quero sempre mais!
É um tempo tão alegre, claro, quente e farto. Farto de cores e sabores, a variedade de frutas não tem igual em nenhuma outra estação. 


Estas bolinhas escuras encantam-me desde o do seu inicio, tão brancas e delicadas as suas pequenas flores que parece impossível transformarem-se num fruto de cor tão oposta!



Tempo quente pede coisas leves e refrescantes e foi assim que juntei a um bolo normalíssimo, gelatina e os mirtilos de que tanto gosto. Estes são produzidos de forma natural, uma cultura biológica da "Bioprodutores" dos quais me tornei cliente assídua.
Quando estava a rechea-lo achei que estava tão bonitinho que nem me apetecia cobrir com o restante bolo, mas lá teve que ser!


Bolo de Mirtilos

Ingredientes:

Bolo


200 g de farinha;
150 g de açúcar;
100 g de manteiga;
5 ovos L;
raspa de um limão;
2 colheres de chá de fermento em pó;
1/2 chávena de mirtilos (frescos ou congelados).

Recheio

1 saqueta de gelatina de mirtilo;

200 ml de natas para bater;
2 colheres de sopa de açúcar;
1 colher de sopa de sumo de limão;
1/2 chávena de mirtilos.

Cobertura

chantilly q.b.
1 chávena de mirtilos;
gelatina de mirtilo (para regar).



Execução:

Comece por preparar a gelatina de acordo com as instruções da embalagem.
Reserve 1/3 fora do frio e leve a restante ao frigorífico (ou se estiver compressa ao congelador) até solidificar.
Pré-aqueça o forno a 180 º C.
Prepare um forma circular untando-a com manteiga e polvilhando com farinha.
Bata os ovos até ficarem volumosos e aos poucos vá adicionando o açúcar, sem parar de bater.
Peneire a farinha, misture o fermento e envolva no preparado anterior.
Derreta a manteiga e misture na massa, envolva bem.
Junte os mirtilos e mexa com cuidado evitando que se desfaçam.
Leve a forno durante 30 a 35 minutos, faça o teste do palito.
Desenforme depois de arrefecer um pouco.
Corte o bolo em duas rodelas e deixe arrefecer bem

Recheio


Corte a gelatina em pequenos cubos.
Prepare o chantilly batendo as natas bem frias com o açúcar e o sumo de limão.
Cubra uma das metades do bolo com  metade do chantilly.
Disponha os cubos de gelatina e espalhe alguns mirtilos frescos.
Cubra com a outra medade do bolo.

Cobertura

Despeje o restante chantilly sobre o bolo.
Disponha os mirtilos amontoando-os ao centro (como vê na foto).
Rege com a gelatina que reservou fora do frio, caso tenha solidificado coloque-a uns segundos no micro-ondas a derreter, mas não permita que fique quente ou terá que a deixar arrefecer de novo.
Leve o bolo ao frio ate que a gelatina com que o regou solidifique.




Uma dica:

coloque o prato um pouco antes de montar o bolo no congelador. Assim quando verter a gelatina sobre o bolo ao entrar em contacto com o prato gelado solidifica de imediato e não é absorvida pelo bolo.





Um bolo excelente para dias quentes, mesmo bom para partilhar com amigos.